sábado, 20 de julho de 2013

Ser Noético num ambiente hostil

Todos aqueles que resolvem seguir o caminho noético se deparam com várias dificuldades. Uma delas é o  ambiente totalmente hostil aos princípios pertencentes ao Código Universal.
Isso se pode dar em ambientes de trabalho, que, contaminadíssimos, demonstram a forma e as diversas roupagens com o  mal trabalha; em determinadas circunstâncias de forma aberta e declarada; em outras , de forma disfarçada e enrustida. Isso pode se dar também em meio  a convivências familiares , que muitas vezes, não são observantes das Sete Leis de Bnei Nôach. Pode ocorrer também nas diversas rodas de amigos, que na maior parte das vezes, praticamente desconhecem o que é viver uma vida reta de observação da Torá. Poderíamos citar outros meios, pois a experiência de cada ben [ou bat] Nôach demonstra que os exemplos poderiam ser numerosos. Porém, tais convivências não podem de forma alguma serem determinantes em nossa conduta, bem como em nossa opção em seguirmos os mandamentos apropriados aos Bnei Nôach. Muito pelo contrário, o fato de sermos muitas vezes pressionados a deixarmos nossa crença, que D’us não permita, deve sim é servir para que nos aprofundemos  nos estudos [e observação] das Sete Leis e suas  ramificações, nos fortalecendo e nos “blindando” [de tais ataques] cada vez mais.

Não se trata de um caminho fácil de ser seguido, graças a D’us por isso e pelos testes que Ele nos envia a cada momento e devemos encarar cada desafio, cada evento contrário ao que acreditamos, cada palavra [nos níveis mais baixos] que ouvimos, como sendo uma muralha de imundícies a ser derrubada e/ou queimada.

Assim foi com Nôach e sua família, que praticamente sozinhos, nos deixaram o exemplo da persistência que devemos ter ao seguirmos aos caminhos noéticos de retidão. Sim, o exemplo de Nôach mostra que os meios os quais vivemos não necessariamente corrompem  as pessoas.


Talvez, o maior exemplo encontrado no TANACH seja a experiência do patriarca Avraham, que, chamado de “Avraham o hebreu”, nos deixou o legado da persistência que devemos adquirir. De acordo com o Rabino Yacov Gerenstadt, num de seus shiurim ministrados aos Bnei Nôach, “o hebreu” significa “do outro lado do rio”. Imaginem, caros amigos, duas pessoas de um lado de um “instransponível” rio e a toda a humanidade do outro. Isso é algo forte e significativo para entendermos a necessidade de sairmos da zona de conforto, quando aceitamos o meio no qual vivemos como normal e passível de aceitação de práticas anti-HaShem e o desafio que temos pela frente.   Em companhia de sua esposa, Avraham propagou o monoteísmo no mundo, nos deixando a lição de que se temos um ambiente hostil às crenças que possuímos, então que transformemos esses meios através da observação prática das mitsvót, se D’us quiser. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

OS BNEI NÔACH E O "PERIGO" MESSIÂNICO

Nos últimos tempos, temos contemplado algumas tentativas por parte de alguns líderes “judeus” messiânicos tentarem aproximar  os Bnei Nôach de suas heresias. Através de textos veiculados em seus sites, bem como alguns vídeos postados no youtube que levam títulos supostamente noahides, esses indivíduos tem tentado se aproximar dos novos [e desavisados] noéticos, tentando persuadi-los, com “ensinamentos”  anti-Torá. Como exemplo, podemos alertar a respeito de um líder messingélico carioca que tem propagado tais vídeos. Isso tudo faz parte de uma estratégia suja e infame,  que tem procurado arrebanhar pessoas desavisadas, pois o CÓDIGO UNIVERSAL PARA AS NAÇÕES está, necessária e obrigatoriamente, vinculado à HALACHA – LEI JUDAICA ORTODOXA. Sabemos também da presença em caráter de “infiltração” de messiânicos, nos encontros de Bnei Nôach. Várias podem ser suas intenções, sejam boas ou más. Cuidado, muito cuidado !!! Como Bnei Nôach, orientados por Rabinos ortodoxos, que tem nos ensinado sobre as Sete leis Noéticas, utilizando-se de fontes Chassídicas e Kasher, devemos nos posicionar contra essas  tendências [pretensamente “noahides”] messingélicas que tem como objetivos  única e somente se opor ao crescimento do movimento dos Bnei Nôach. Suas tentativas serão frustradas, se D’us quiser. Devemos assim, tomar cuidados com as fontes a serem consultadas e se faz importante e urgente   sabermos diferenciar as fontes  kasher das imundícies que tem sido propagadas por aí.  Isso, para “não cairmos no conto do vigário”. Que todos tenham discernimento em não beberem dessas fontes sujas e contaminadas.

Porém, até mesmo nos meios “messingélicos”,  há vários erros que esses indivíduos cometem, dando-nos o alento que o ambiente é sujo e fétido até mesmo dentro das próprias “fileiras” desses “fantasiados de judeus”.
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O   O termo “Judaísmo messiânico”, em si próprio, se trata de um termos equivocado e grosseiramente raso e tênue. A respeito do assunto, é muito pertinente o comentário do chaver Douglas Bendiz HaShem a respeito desse “judaísmo messiânico”, “judaísmo da unidade” ou “judaísmo da nova aliança”:

“Um jogo de palavras pra fazer muita confusão: judaísmo messiânico, existe ou não existe? Se existe, existe de que maneira? Bom, [primeira] coisa a se fazer: JUDAÍSMO É JUDAÍSMO, E CRISTIANISMO É CRISTIANISMO, NAO OS MISTURE. Cristianismo é a religião (independente dos movimentos) que crê em jesus ou yeshu e por consequência crê também no "novo testamento". O judaísmo, muito mais antigo do  que o cristianismo, não crê em jesus ou yeshu e nem em "novo testamento". Pois bem, e o que dizer d judaísmo messiânico? Qual a verdade sobre isso? Vamos por partes. Judaísmo messiânico existe? Sim, judaísmo messiânico existe sim. MAS ATENTE PRO SEGUINTE DETALHE: eu disse q judaísmo é judaísmo e cristianismo é cristianismo e q nao os misture. Assim sendo, o judaísmo é em si mesmo um judaísmo messiânico (a palavra messiânico é derivada d messias, cujo hebraico é mashiach. Preste bem e muita atenção ao que eu disse: messiânico, DERIVADO D MASHIACH, e não jesuânico, derivado d jesus ou yeshu. Portanto, há o judaísmo e o cristianismo. O judaísmo pode ser e é sim, messiânico, porque uma d suas crenças é a vinda do mashiach e o seu respectivo reino. Agora, veja só: falo do judaísmo, o judaísmo mesmo, como messiânico, e não como jesuânico. Entendeu? Os judeus (d certa forma) são sim messiânicos (crentes na vinda do mashiach) MAS NAO SAO JAMAIS jesuânicos (crentes em jesus ou yeshu). Então, diferencie um judeu dum cristão, assim: não crê em jesus ou yeshu e nem no "novo testamento", é judeu (o VERDADEIRO judeu messiânico, quer dizer, crente na vinda do mashiach). Crê em jesus ou yeshu e no "novo testamento", é cristão, é jesuânico (ou ainda, é jesuíSta). Resumindo: judaísmo messiânico existe e é o próprio judaísmo ele mesmo. O que não existe é judaísmo jesuânico, porque o VERDADEIRO judeu não crê em jesus, pois quem crê em jesus é cristão. Mas se alguém insistir que é "judeu" e que ainda assim crê em jesus ou yeshua e que não é cristão, esse é JESUÂNICO (o que, na verdade, dá na mesma de cristão)”.
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A   Apesar de haver muitos judeus [nascidos de um ventre judaico materno] envolvidos e iludidos por essa praga, a maioria dos ditos messiânicos nem judeus são, pois, em sua maioria são evangélicos que se vestem de judeus, como se isso bastasse para se afirmarem como tal. Trata-se de “cristãos de kipá”, que não tem tradição, não tem escopo espiritual e não tem, sobretudo, vergonha na cara, cometendo atos de estelionato religioso e de falsa identidade. Seus argumentos são torpes, sem sentido, sem nexo e nos posicionamos contra esses  falsários que, em sua maior parte , pensam que irão subverter a HALACHA – LEI JUDAICA ORTODOXA, afastando os judeus da Torá e da crença no único e verdadeiro MASHIACH.


Assim, meus caros, se uma pessoa acredita em J.C. como o Messias, então que se assuma como cristão; pois, Judaísmo [e Noahismo] messiânico NÃO EXISTEM.
FUJAM DESSA IDEIA!!!

Para um melhor entendimento a respeito dessa farsa, e de como combatê-la, acessem os vários shiurim com o nosso chaver Dor Leon Attar, em seu canal do youtube:

Confiram também o canal no Youtube - “AntiMissionário”:

domingo, 16 de junho de 2013

Os BNEI NÔACH E A RETIFICAÇÃO DO MUNDO.

Muitas coisas são ensinadas aos Bnei Nôach sobre o chamado Tikun Olam [retificação do mundo]. Porém, vários detalhes passam batido pelos noéticos sobre o real sentido que essa postura frente à vida, poder levar em si. Sabe-se que a retificação dos traços de caráter (Tikun HaMidot) faz parte de tal processo; no entanto, isso diz respeito à nossa responsabilidade de forma individual e o bom uso do livre arbítrio de cada um, onde cada pessoa olha para si próprio, buscando meios de se aperfeiçoar, sempre sob os direcionamentos de HaShem, bem como pelo respeito pela autoridade rabínica. Sobre a retificação do mundo, as coisas são mais complexas.


Para o individuo atuar nesse âmbito, faz-se necessário se livrar de todo e qualquer egoísmo que obstrui nossas mentes e corações. Na atual sociedade, aprendemos a valorizar o ego e o ganho de vantagens próprias, nos esquecendo, no entanto, que fazemos parte de um todo; mas, todo exercício de aperfeiçoamento, nos leva a atuarmos no mundo, compartilhando de tudo aquilo que recebemos. Assim agindo, aprendemos a ser generosos, tanto com as pessoas com as quais convivemos como com HaShém, que nos emprestou tudo o que existe nesse mundo a exemplo de nossos bens, para o engrandecimento de Seu Nome.

Como podemos fazer isso?  Através de atos benevolentes, de apoio mútuo, e com a utilização de algo essencial para os Bnei Nôach: a tsedaká [fazer justiça através de  contribuições a inclusive]. A tsedaká precisa sim ser encarada como um mérito que cada pessoa recebe em poder ajudar alguém que precisa de algo; pois, para se fazer tsedaká, HaShem nos proporciona o meio de a realizarmos; Podem ser , tanto na ajuda a aquelas pessoas que estão em condições financeiras ruins, como a ajuda pode se destinar a instituições que difundem a Torá pelo mundo.



Um Ben ou Bat Nôach, deve também ser atuante nos meios em que o mesmo vive. Seja promovendo a justiça, através de atos benevolentes, seja se unindo a movimentos que tem como intuito a retificação do mundo. Assim realizando tais atos, poderemos apressar Mashiach, aonde a verdadeira retificação ocorrerá, que seja em breve, se D’us quiser.



domingo, 9 de junho de 2013

COMUNIDADE NOÉTICA




No episódio bíblico em que D'us ordenou a Nôach que a arca fosse construída, com o intuito de livrá-lo da destruição do mundo pelas águas do Mabúl [Dilúvio], apenas Nôach, sua esposa, seus filhos e as esposas destes foram salvos; uma geração toda que se encontrava degenerada a ponto de até mesmo corromperem a própria terra, pereceu sob esse decreto de HaShem. 

Muitas lições podem ser tiradas, e uma delas compartilho: uma família, formada por oito pessoas, e não apenas um indivíduo foi livrado. 

Assim funciona o sentido de comunidade: o sentimento comunitário, algo tão esvaziado em nossa atual sociedade – onde o culto ao ego, e ao individualismo predominam, precisa sim ser colocado em prática pelas nações do mundo e, os Bnei Nôach estão inseridos nessa retificação a ser realizada. Pois, se partimos do chamado tikun Hamidot [a retificação de nosso traços de caráter], isso, em nível individual, igualmente devemos pensar o Tikun Olam a ser feito.

Comunidades noéticas têm se formado  em vários lugares do mundo, e aos poucos, o Código Universal tem sido divulgado por pessoas sérias e comprometidas com a propagação do verdadeiro monoteísmo; mas, por se tratar de algo “novo”, países como o Brasil ainda deixam muito a desejar em relação a formação de uma comunidade de Bnei Nôach.

O processo ainda está no início Os noéticos aqui no Brasil, são relativamente poucos, espalhados, e ainda falta muito  diálogo sobre a construção de um comunidade em nível nacional, estadual, ou seja lá o que for.

Mas, o que fazer para sair desse impasse? Acreditam, alguns, que falta  apoio por parte dos Rabinos e da comunidade judaica como um todo, e que seja isso um dos problemas para o Noahismo. Será isso verdade? Ou será que os próprios noéticos tem se preocupado na resolução de tal impasse, apenas arrumando desculpas várias ?


 Um exemplo a ser seguido.



Penso que cabe aos noéticos saírem de suas “zonas de conforto” e começarem a colocar a “mão na massa”, já que trabalhar em prol disso é algo que  trará benefícios para nós mesmos, se D’us quiser. Aliado a esse possível desinteresse, há sim, as dificuldades a serem superadas. Pois os noéticos, muitas vezes, se encontram em pontos distantes – fisicamente falando, um do outro. Acredito, porém, que uma das soluções seria os noéticos se reunirem para trabalhos conjuntos, por diversas localidades. Se , no momento, é impossível reuniões que venham fortalecer os “laços comunitários” em nível nacional, poderiam sim, ser pensado essa união [kiruv = em hebraico] em níveis menores, como por exemplo, por Estados ou cidades.

O contato mútuo e constante entre os noéticos é algo também que tem deixado a desejar. Cada um deveria se permitir conhecer outros noahides, manter contatos com mais frequência, estando todos mais próximos, tanto entre os Bnei Nôach, quanto em relação aos Rabinos e demais judeus que tem nos apoiado nessa caminhada. 

Com certeza, os meios virtuais são um meio de comunicação importante e tem sido desempenhado um papel fundamental na divulgação do Código Noéticos; porém, não devemos nos limitar a esses meios virtuais, pois se tecnologia pode ser usada para o bem maior – leiam: para o observar a Torá de HaShem, isso é apenas um meio utilizado e não um fim em si mesmo.

Assim, estaremos sendo parceiros do povo judeu no apressar a vinda de Mashiach. Que, através de sua história e experiências de vida na atualidade, nos dá o exemplo de que, em comunidade, podemos continuar nossa caminhada, trilhando as veredas da Torá, por meio do apoio mútuo e da observância atenta e zelosa aos mandamentos instituídos por HaShem.

Em comunidade, vários dos potenciais, incluindo a observância de várias práticas condizentes com o que HaShem deseja de nós, seriam praticadas de uma forma mais coesa e abrangente.  

O vislumbrar disso, quando cada noético vivenciar alguma dificuldade devido ao seu estado de isolamento, poderia [e deveria] sentir de incentivo para os que sequer tocam nesses assuntos. Um exemplo: nas dificuldades de convivência em família, que na grande maioria das vezes, não segue os preceitos dos Bnei Nôach, em ocasiões como as festas idólatras que acontecem no mês de Dezembro, um ben ou bat Nôach, se houver uma comunidade que o ampare, poderá ter um sentimento bem menor de impotência frente a tais situações. 


Em comunidade, as coisas serão diferentes, se D’us quiser. Nos períodos em que o povo judeu enfrentou várias dificuldades através de perseguições, como o exemplo de holocausto, a união e o apoio comunitário foram essenciais para a resistência frente aos opressores, bem como isso serviu também para que várias vidas fossem poupadas.


Devemos, assim, emular o povo judeu,  em todos os sentidos cabíveis aos Bnei Nôach, e o valor dado ao sentimento de comunidade é uma dessas emulações a serem feitas. Sim, meus caros, isso é um desafio para todos nós. Assim, a construção de uma comunidade noética - no verdadeiro sentido da palavra é algo que se apresenta como urgência. As etapas a serem seguidas não são fáceis; muito trabalho há pela frente mas, são os desafios que se colocam frente a nós, que nos fazem crescer, B'H.


Se centros de referência noahides  tem sido criados em várias partes do mundo, isso não aconteceu com as pessoas apenas “desejando” que isso fosse uma realidade; mas, com muito trabalho, esforço e dedicação e Baruch HaShem, um centro noahide como esse se tornou algo vivo e foi concretizado. Agora, que tal começarmos [nós os Bnei Nôach] a trabalhar em torno de algo parecido - aqui no Brasil?    

quarta-feira, 5 de junho de 2013

FÉ NA UNICIDADE DE D'US




Na obra “Cabalá e Meditação para as Nações” (Kaballah and meditation for the nations), o Rabino Yitschak Ginsburgh ensina sobre a importância – e também da dificuldade na aceitação do primeiro – e fundamental mandamento para os Bnêi Nôach, que é o da crença na Unicidade de D’us. Segundo seus ensinamentos, nos relacionamos com D’us, por meio de suas manifestações, ou seja, através dos atributos Divinos, como o atributo de Bondade, o atributo de misericórdia, etc . No entanto, como seres limitados que somos nada conhecemos sobre a verdadeira essência do Criador , e, assim, nos foi concedida essa oportunidade de nos conectarmos a Ele. 

Assim, segundo o Rav Guinsburgh, o erro dos povos é acabar negligenciando essa Unicidade de D’us que é a raiz dessas manifestações, e um verdadeiro monoteísta é um que sabe que mesmo que algo que tenha uma natureza dupla no final é unificado em D’us” pois, como nos foi ensinado que:
“A ti foi mostrado para que soubesse que o Eterno,    Ele é o D’us, e não há outro fora Dele” (Devarim-Deuteronômio 04: 35). 

Segundo os ensinamentos de Moshe Ben Maimon – Rambam/Maimônides [no Mishné Torá, página 124]: 

“D’us é Um. Ele não é dois nem mais do que dois... Se houvesse divindades plurais, estas seriam corpos físicos,porque as entidades que podem ser enumeradas e que são iguais em sua essência só são distinguíveis entre si pelos fenômenos que acontecem aos corpos físicos. Se o Criador fosse um corpo físico, Ele teria limitações... E nosso D’us ... tem um poder Infinito e incessante... Seu poder não é a energia de um corpo físico, e não sendo Ele material os fenômenos que acontecem aos nossos corpos físicos não se aplicam a Ele, o que O distingue dos outros seres. Daí, é impossível que Ele seja qualquer coisa a não ser Um... Como está escrito em (Devarim/Deuteronômio 06:04): “ O Eterno nosso D’us, é Um”. 


Porém, aqui também reside o erro intelectual que muitos cometem. Pois, o ato de se apegar, por parte dos homens, a Seus atributos (de D’us) – como se os mesmos fossem separados e independentes, dá origem a práticas idólatras, aonde dualidades... trindades, Pluralidades são formadas caindo em degenerações das mais espessas e sendo a transgressão de avodah zará [idolatria], a origem de todos os pecados,  todo e qualquer ato que nos desconecte com a essência com do Criador pode se transformar em uma prática idólatra em potencial. Assim, a pessoa pode criar “imagens esculpidas” das  mais variadas formas, pois , o ser humano é muito bom, no ato de “criar” seus próprios ídolos.


A mente humana é extremamente propícia para ser criativa [inclusive, criativa no ato de transgredir as leis de D’us]. Esse é o mundo multifacetário no qual vivemos, no qual a racionalidade humana é facilmente iludida. Ainda, segundo o  Rav I. Guinsburgh, a Unicidade de D’us é a base na qual se fundamenta a Torá, isso, tanto para os judeus quanto para os não judeus observantes das Sete Leis do Código Universal, sendo que ao adentrar nos detalhes de tal assunto servirá para nos estruturarmos no verdadeiro monoteísmo e nos fortalecermos em nossa fé, em nosso amor e temor a D’us.  Vale a pena lembra que, para que tal estruturação aconteça, apenas por meio de cada um “se desenvolver espiritualmente” – de forma constante e tal desenvolvimento, como sabemos, demanda esforço, zelo e dedicação, através de estudos direcionados, de forma intensa, coesa, e sobretudo, sob orientações rabínicas.


Por: Luciano Ben Nôach.



Fontes de estudo – textos relacionados à mitsvá noética na crença na unicidade de D’us (Instituto Gal Einai):





Outras fontes [para estudo]:

- Kabbalah and meditation for the nations [Cabalá e Meditação para as Nações], do Rabino Yitzchak Guinsburgh; obra recentemente traduzida para o português pelo Instituto Gal Einai aqui no Brasil. Segue o link para aquisição da mesma:


- Mishné Torá – O Livro da sabedoria – Maimônides [Moshe Ben Maimon – O Rambam]. Especialmente, a Primeira parte: As leis fundamentais da Torá. Cap. I ao X.

-  Likutei Amarim Tanya. Volume 04. Do Alter Rebe [Shneor Zalman de Liadi]. – obra essa encontra no site da  Editora e Livraria Sefer:   www.sefer.com.br

SOBRE AVODAH ZARA [IDOLATRIA]

PRIMEIRA LEI – CREIA EM D’US  - DA PROIBIÇÃO DE ADORAR ÍDOLOS.
Reconheça que existe apenas um D’us que é Infinito e Supremo acima de todas as coisas. Não substitua este Ser Supremo por ídolos finitos, seja você mesmo ou outros seres. Esta ordem inclui atos como prece, estudo e meditação. O homem, a mais fraca das criaturas, está rodeado por forças de vida e morte muito mais poderosas que ele próprio. Confrontado com a vastidão destas forças universais, o homem poderia tentar "serví-las" para proteger a si mesmo, e melhorar sua propriedade. A essência da vida, entretanto, é reconhecer o Ser Supremo que criou o Universo - acreditar n'Ele e aceitar Suas leis com reverência e amor. Devemos lembrar que Ele está consciente de nossos atos, premiando a bondade e castigando a maldade. Dependemos d'Ele, e apenas a Ele devemos lealdade. Imaginar que poderia haver outro poder capaz de nos proteger e suprir todas nossas necessidades, é não apenas tolice, mas contradiz o propósito da vida, e, como a história tem mostrado, potencialmente desencadeia forças indizíveis do mal em nós mesmos, e no mundo. 


Quando estudamos sobre transgressão de idolatria, podemos tirar várias lições. Uma delas, é sobre o caráter de estranheza à Torá. Ou seja, tudo o que é considerado como a "estranho" à Vontade de HaShem, é potencialmente encarado como um ato de Idolatria. Assim, se entende que não apenas o ato de se curvar a estátuas de pedra, madeira, pode estar na categoria de uma prática idólatra. Podemos idolatrar outras coisas, como por exemplo, o dinheiro, bens materiais de uma forma gera; pode-se ser idólatra de um conceito filosófico, de um pensador profano; pode-se ser um idólatra ao colocar toda e qualquer coisa antes de D’us, seja ela, pessoas [familiares e esposa, inclusive], os grandes astros do cinema, da música, e da T.V., etc, etc, etc. Os vários “bezerros de ouro” se colocam a rondar nossas vidas, na expectativa de que venhamos a cair em suas armadilhas, que D’us não permita.

O que devemos fazer em relação a tais práticas? A Torá é clara e concisa em relação a esse assunto em Devarim/Deuteronômio 12:03: " E derrubareis seus altares e quebrareis seus pilares , e queimareis nos fogos suas árvores idolatradas [Asherá] e cortareis as esculturas de seus deuses, e fareis perecer os seus nomes daquele lugar".

A palavra "estranho", assim encarada , carrega em si algo muito forte e pesado. Isso, muitas vezes, passa batido, despercebido. Mas HaShem nos proporciona  sabedoria e discernimento exatamente para lidarmos com esses assuntos , bem como o ato de se “relacionar” com pessoas que assim se portam, através de suas palavras blasfemas, ególatras, com as quais nos deparamos. Seja na família, na escola, no trabalho, e em outros lugares os quais nos inserimos. Assim, pode-se perceber o quanto as coisas não são tão simples enquanto parecem e vários detalhes se encontram nas entrelinhas das Shevah Mitzvót [Sete Leis]. Apenas HaShem poderá nos conceder sabedoria e discernimento para caminharmos em retidão, e desvendar os detalhes deste Código transmitido a toda a humanidade.


Por: Luciano Ben Nôach.

sábado, 1 de junho de 2013

O CÓDIGO UNIVERSAL PARA AS NAÇÕES

Após o Dilúvio e a saída de Nôach (Noé) e sua família da arca, D'us os abençoou e estabeleceu uma aliança assegurando-lhes de que jamais haveria outro dilúvio para destruir a terra. Fez surgir no céu o primeiro arco-íris que selaria para sempre esta aliança e forneceu um Código de sete leis sobre as quais uma nova civilização seria construída. Estas leis representam o reconhecimento de que a moralidade – na verdade, a própria civilização – deve ser baseada na crença em D’us. A menos que reconheçamos um Poder Mais Alto pelo qual somos responsáveis, e quem observa e conhece as nossas ações, não transcenderemos o egoísmo de nosso caráter e a subjetividade de nosso intelecto. Se o próprio homem é o árbitro do certo e errado, então o “certo” para ele será aquilo que deseja, independentemente das consequências para os outros habitantes da terra. “As Sete Leis” são uma herança sagrada para toda a humanidade e para cada um em particular de como deve conduzir sua vida espiritual, moral e pragmática. São intemporais, não restritas a locais geográficos e jamais podem ser alteradas ou modificadas, guiando a humanidade a perceber seu potencial máximo. Chegará um tempo em que todos estarão preparados para incorporar este caminho. Será então o início de um novo mundo de sabedoria e paz.
Fontes: www.chabad.org.br


                                 
OBS: Como estudo introdutório das Sete leis dos Bnei Nôach, confiram também o shiur [aula] em vídeo do I ENCONTRO GAL EINAI DE BNEI NÔACH:   http://www.galeinai.com.br/1o-encontro-de-bnei-noach-e-um-sucesso.html