Todos
aqueles que resolvem seguir o caminho noético se deparam com várias
dificuldades. Uma delas é o ambiente
totalmente hostil aos princípios pertencentes ao Código Universal.
Isso
se pode dar em ambientes de trabalho, que, contaminadíssimos, demonstram a
forma e as diversas roupagens com o mal
trabalha; em determinadas circunstâncias de forma aberta e declarada; em outras
, de forma disfarçada e enrustida. Isso pode se dar também em meio a convivências familiares , que muitas vezes,
não são observantes das Sete Leis de Bnei Nôach. Pode ocorrer também nas
diversas rodas de amigos, que na maior parte das vezes, praticamente
desconhecem o que é viver uma vida reta de observação da Torá. Poderíamos citar
outros meios, pois a experiência de cada ben [ou bat] Nôach demonstra que os
exemplos poderiam ser numerosos. Porém, tais convivências não podem de forma
alguma serem determinantes em nossa conduta, bem como em nossa opção em
seguirmos os mandamentos apropriados aos Bnei Nôach. Muito pelo contrário, o
fato de sermos muitas vezes pressionados a deixarmos nossa crença, que D’us não
permita, deve sim é servir para que nos aprofundemos nos estudos [e observação] das Sete Leis e
suas ramificações, nos fortalecendo e
nos “blindando” [de tais ataques] cada vez mais.
Não
se trata de um caminho fácil de ser seguido, graças a D’us por isso e pelos
testes que Ele nos envia a cada momento e devemos encarar cada desafio, cada
evento contrário ao que acreditamos, cada palavra [nos níveis mais baixos] que
ouvimos, como sendo uma muralha de imundícies a ser derrubada e/ou queimada.
Assim
foi com Nôach e sua família, que praticamente sozinhos, nos deixaram o exemplo
da persistência que devemos ter ao seguirmos aos caminhos noéticos de retidão.
Sim, o exemplo de Nôach mostra que os meios os quais vivemos não
necessariamente corrompem as pessoas.
Talvez,
o maior exemplo encontrado no TANACH seja a experiência do patriarca Avraham,
que, chamado de “Avraham o hebreu”, nos deixou o legado da persistência que
devemos adquirir. De acordo com o Rabino Yacov Gerenstadt, num de seus shiurim
ministrados aos Bnei Nôach, “o hebreu” significa “do outro lado do rio”.
Imaginem, caros amigos, duas pessoas de um lado de um “instransponível” rio e a
toda a humanidade do outro. Isso é algo forte e significativo para entendermos
a necessidade de sairmos da zona de conforto, quando aceitamos o meio no qual
vivemos como normal e passível de aceitação de práticas anti-HaShem e o desafio
que temos pela frente. Em companhia de
sua esposa, Avraham propagou o monoteísmo no mundo, nos deixando a lição de que
se temos um ambiente hostil às crenças que possuímos, então que transformemos
esses meios através da observação prática das mitsvót, se D’us quiser.